quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CADÊ MINHA ALEGRIA?


 

CADÊ A MINHA ALEGRIA?
Ysolda Cabral 



Aqui, eu comigo mesma. Gosto disso, mesmo admitindo existir um pouco de tristeza nesse meu gostar. Contudo, isso não me assusta. Quero dizer que, a bem da verdade, assusta, mas só um pouquinho. 

Neste ponto paro, olho para as minhas mãos e as vejo envelhecidas, cansadas e meio tortas. Que bobagem! Elas ainda servem e servem muito. Lavam, passam, digitam...Pensamentos meus.

Porque será que os pensamentos meus sempre me levam para longe? Tento trazê-los para perto e não consigo. Por vezes sinto que posso me perder no caminho de volta. Nossa, que pensamento ruim!  Dele me afasto, tenho muito ainda por fazer.

Vou prosseguir e desta feita consciente de mim, prendendo-me a realidade da forma que ela se apresentar e não irei mais fantasiar. Até porque não caem bem fantasias numa mulher de meia idade.

Sinto arrepios, sinto frio, sinto medo... Elevo o pensamento para o Alto e nada muda! Nada acontece. Deve ser a menor pausa.

Há algo errado, muito errado comigo. Olho-me no espelho. Vejo algumas rugas, a pele um pouco flácida...Ainda sou a mesma!  Reconheço-me.

Mas, cadê a minha alegria?