segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

IGREJA VAZIA




IGREJA VAZIA 
Ysolda Cabral


Nos degraus da Igreja,
eu e ela em abandono.
Ela com suas histórias
de fé e malassombro.

Eu com as minhas,
em nada ajudava.

Na tarde fria, uma Igreja vazia,
sem portas, sem janelas...
Lá dentro o escuro prevalecia.

Eu do lado de fora,
        a chorar pela luz que não lhe trazia.    
 A vida para mim apenas começara.

Cadê todo mundo?
Silente me perguntava.
Cadê os que ali casaram?
 Cadê os que ali se batizaram?

Ah, e os padres missionários,
Onde estavam?

Que tristeza ver uma Igreja assim!
Que tristeza senti-la em mim,
com tão pouca idade,
e tão longe de minha cidade...




Goiana-PE
Num dia qualquer de
fim de semana do ano de 1975.
Registrado agora por conta do soneto
IGREJA MORTA do meu Poeta Oklima

Link para leitura:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/4690864
Comentário que precisava ser destacado:
 
17/02/2014 23:12 - oklima
Poesia - Aquilo que desperta o sentimento do belo - O que há de elevado ou comovente nas pessoas ou nas coisas. Colho de Aurélio tais definições, enquanto colho, por demais emocionado, e guardo em meu peito, a poesia pura de Ysolda Cabral, aos vinte e um anos de idade, sublimada talvez pelo instante místico que eterno se fez nessas fotos que a figuram com a mesma beleza com que sorri em meus versos de agora. Beijando-a aplausos e a aplaudindo com beijos mais, Odir.
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Emocionada você sempre me deixa. 
Obrigada por existir em minha vida.
Recanto das Letras em 17/02/2014
Código do texto: T4695138
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