terça-feira, 21 de abril de 2015

NA CARA DA VIDA



NA CARA DA VIDA
Ysolda Cabral 


Não sentir saudade,
Não sentir revolta,
Não sentir tristeza,
E nem indignação?

Acalmar, desvendar;
Apaziguar, Arrefecer?!

Que droga de vida é essa que se afasta
Sem a gente saber nem o porquê?!

Ô vida doida meu Deus!
Dada a encontro e desencontro;
Lamento; sofrimento; tormento...

Maltratando acovarda, aniquila,
E pouco a pouco nos mata.

- Pra nada?!

Comigo tem mais isso não!
Já decidi: dar-lhe-ei um ponta pé,
Bem no meio da cara.

- E vida tem cara?
Epa, epa, epa, epa...
Espera aí!!
E se a cara for a minha?

Ah! Então está explicada
A razão de há muito tempo,
Ter quebrado a minha cara.

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Praia de Candeias-PE
Em reedição de sexta-feira
17/04/2015


Sou apenas Ysolda
Uma Pessoa que chora e ri
de alegria, tristeza ou saudade
sem pudor.


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