sexta-feira, 28 de agosto de 2015

BORRÕES DE ROSAS





BORRÕES DE ROSAS 
Ysolda Cabral



Rosas vermelhas, brancas, azuis e amarelas,
expostas na avenida, em velhas latas de tinta,
na noite de lua, oferecidas por uma bagatela?
Olhem para elas!... São borrões de rosas!
Nenhum real ninguém dará por elas!

Prepara o banho, a mesa, a cama...
Joga as flores fora! Elas estão secas, mortas.
Chega de vaidade e fantasias tortas...
Ô mulher, toma tento! Acomoda-te! 
Não vês o adiantado da hora?...

Olha, vou te contar um segredo:
Ninguém quer saber de teus fracassos, 
muito menos de tuas supostas conquistas.
Coloca isso na tua cabeça e vê se te aquieta!

Não é o medo da realidade que te devora...
É tua estupidez em insistir numa velha história,
acontecida só na tua cabeça, em crise de agora.

Ah, vê se não demora a sair dessa, menina!
Não vês que nunca foste amada e nem querida?
A hora é de sumir! Ir embora!
Adeus, ou, quem sabe, até outra hora?
Ah, vê se não nos amola!...

**********

Apenas Ysolda
Praia de Candeias-PE
Em 28.08.2015
(Sexta-feira)

Código do texto: T5362786 
Classificação de conteúdo: seguro