Apenas Ysolda - IV: CARUARU – TERRA DE GENTE FELIZ

CARUARU – TERRA DE GENTE FELIZ

Ysolda Cabral

Não sei se é o corre-corre, próprio das grandes capitais, mas o fato é que, a falta de educação, a falta de atenção, a falta de tempo para cuidarmos uns dos outros aumenta, assustadoramente, fazendo com que a gente se sinta cada vez mais só em meio a multidão. Contudo, ainda existem lugares que não é assim e, isso faz um bem enorme à alma e ao nosso coração.

Ontem, resolvi ir à minha linda terra natal, Caruaru, há 130 km. do Recife e fui com a pretensão de matar um pouco a saudade do lugar que nasci, e me criei até os 21 anos de idade. Aproveitei para levar um exemplar do meu livrinho, ’’Apenas Poesia’’, que havia prometido para a querida amiga, Magui Maciel, cujo endereço eu não tinha nenhum ponto de referência, e a ajuda tecnológica que eu dispunha não me ajudava muito, devido ao enorme crescimento da cidade. Quando, já estava decidida a voltar para o Recife, com o livro no porta-luvas do carro, um motociclista dos Correios local, surgiu-me, do nada, - coisas de Caruaru -, e me orientou, com muita presteza e simpatia, em como chegar à residência de minha amiga, que me recebeu com alegria genuína. - Isso, me fez tanto bem! ...

Saí de sua casa, feliz, direto para a Feira de Artesanato – amo aquela feira! Chegando lá, mesmo com toda a confusão do trânsito intenso do local, não encontrei dificuldade para estacionar, graças à gentileza do pessoal responsável, pelo estacionamento da feira. De repente, me senti em casa e me deixei envolver, cuidar pelo calor intenso e pela alegre recepção, natural e espontânea, dos meus conterrâneos queridos. Andei para lá e para cá, fazendo algumas pequenas compras.

E, antes que o cansaço acabasse com a minha alegria, resolvi visitar a ‘’ Fábrica de Moda’’, uma linda e convidativa galeria, de belíssimas confecções, bem do outro lado da calçada, em que eu me encontrava. Pensei na dificuldade que teria para chegar até ela. Ledo engano! Os carros pararam, para que eu atravessasse a rua em total segurança. – Fiquei pasma!

Achando tudo aquilo o máximo, cheguei à galeria e, depois de percorrer várias lojas, encantada com tudo que estava vendo, resolvi adquirir algumas peças para o meu guarda-roupa, na loja ‘’Arústica – Moda e Arte’’, com a ajuda da linda e gentilíssima gerente Leideane. Depois de provar várias peças, cada uma mais linda que a outra, não foi fácil escolher as que poderia levar. Queria levar tudo! Mas, ao me dirigir ao caixa, constatei que havia perdido o cartão de crédito. Fiquei apavorada! Não pela perda do cartão, pois o dinheiro que me restava, daria para pagar a conta. Fiquei apavorada foi ao lembrar da dificuldade que teria para entrar em contato com a central do cartão, comunicar o fato e pedir uma 2ª via do respectivo. – Não tive! A linda conterrânea, Leideane, a essas alturas, minha amiga, mais que depressa, se prontificou a me ajudar, e aí ficou tudo muito mais fácil.

Sai de lá feliz por constatar que, apesar de todo o crescimento, o caruaruense continua alegre, atencioso, muito, muito receptivo e hospitaleiro. Quem chega lá, facilmente, se deixa contagiar e logo pensa em ali se estabelecer e morar.

- Caruaru? É terra de gente feliz!

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E mais fotos da minha Caruaru querida!!!!